Dando sequência nos lançamentos que compõe o disco "Enciclopédia de Fantasmas", Tiago Trotta lançou nessa quarta-feira seu novo single: Blues do Cemitério. Como diz a descrição do perfil dele no Instagram, "rock tropical bad vibes" combina bastante com o clima da música nova, bem sentimental e melódica. O artista contou um pouco pra gente as inspirações para o novo trabalho:
Rapadura: De onde surgiu a ideia para o nome do novo single e quais as referências musicais que você utilizou?
Trotta: Esse single, assim como a maioria das músicas do disco, é uma união de autobiografia com imaginário. Todas têm algo de fantasia e realidade. Blues do Cemitério surgiu em um momento de coração partido e eu queria escrever sobre isso. E eu tava ouvindo muito um disco do Eric Clapton na época, principalmente aquele disco Layla and Other Assorted Love Songs.
Uma das músicas dele é Bell Bottom Blues, talvez minha favorita desse álbum, e eu me inspirei muito nela pra construir o Blues do Cemitério. Minha música não segue a risca a tradição dos compassos ou a progressão do blues, mas, na minha opinião, é um blues assim como a música do Clapton, que me inspirou na progressão de acordes e até mesmo na ideia de modular para outra tonalidade no refrão.
A melodia também é uma inspiração, porque a faixa do Clapton começa de uma forma que, na minha cabeça, eu ouvia claramente a continuação. Mas o Eric Clapton não faz a mesma sequência. Isso me deixou p. da vida, então na minha música seria assim, como essa continuação que eu ouço.
Falando assim, parece que eu não fiz nada na música (risos), mas o blues tem uma tradição de reaproveitamento, inspiração e citação. Não acho que copiei, eu me inspirei assim como acontece no blues. Então talvez se o disco do Clapton não existisse, Blues do Cemitério também não teria sido feita da mesma forma.
Rapadura: Qual seria o lugar dessa música no disco que está vindo. Afinal, como está sendo construída a Enciclopédia de Fantasmas?
Trotta: Cada fantasma da Enciclopédia de Fantasmas é uma coisa que me assombra, que pode assombrar qualquer pessoa. É aquilo que volta, que você não esquece, sabe? Acho que cada música representa um pouco dessas memórias não necessariamente positivas que voltam pra assombrar a gente.
O single está disponível em todas as plataformas de streaming, e o clipe de Blues do Cemitério deve ser lançado em breve. A arte da capa é de Lui e todos os instrumentos, mixagens e masterização foram feitos por Tiago Trotta
Comments